Olhar para as obras gigantes do escultor australiano Ron Mueck, pensamos: tamanho faz diferença?
Lendo a matéria desse mês (maio/2010) da revista UseFashion o consultor de moda Eduardo Motta faz uma pergunta: “Tamanho faz diferença?” e completa: “O fato é que, de tanto convivermos com os tamanhos das coisas, tangíveis e intangíveis, a percepção de escala virou um complexo conjunto de dados e valores. De tal forma, que os tamanhos e os significados que elas encerram, passaram a ser recombinados por nós como um sistema de linguagem”.
“É assim que o hábito de construir pirâmides monumentais no antigo Egito virou o tweed ampliado no desfile da Chanel ‘e estampa do maxi-tricot da coleção do Jefferson Kulig, Entendeu? Somos loucos assim, não é? E não há quem me faça acreditar em outra coisa. Mesmo porque erigir grandes monumentos, acompanhar tendências e enxergar o velho como novo, se não é coisa engendrada na história, vira uma questão de fé. E é preciso ter muita, e de preferência cega. Pois, esta é a condição necessária para se deixar levar e ao menos participar da coisa em grande estilo.”
É muito bom quando temos alguém como Eduardo Motta (designer, consultor de moda da use UseFashion, com formação em Artes Plásticas e autor do livro “O Calçado e a Moda no Brasil – Um Olhar Histórico”) interpretando a criação em áreas e épocas diferentes, esse olhar da conexão de mundo e criador. É enxergar a moda de uma outra forma que não seja só cor comprimento e volume.
Mas deixo a pergunta pra vocês: TAMANHO FAZ DIFERENÇA?