Às vezes, algo pequeno ocupa um espaço gigantesco na nossa cabeça e simplesmente não conseguimos parar de pensar sobre isso. Em outros casos, podemos fazer uma série de coisas nocivas por impulso sem nem, ao menos, prestar atenção naquilo. A compulsão tem muitas faces e ela pode fazer parte da nossa vida sem que a gente perceba.
Por isso, quebrar os comportamentos compulsivos é tão importante. Afinal, eles costumam ser inimigos gigantescos da nossa qualidade de vida. Então venha saber como romper com a compulsão e ter mais bem-estar.
Antes de mais nada, para conseguirmos enfrentar a compulsão frente a frente, é melhor entender um pouco mais sobre ela.
“Todo mundo comete excessos ocasionalmente, mas o problema está quando esses momentos se tornam em uma necessidade que nos consome ao custo de qualquer outra coisa, inclusive família, carreira ou amigos. Quanto mais nos entregamos à compulsão, pior ela fica e o que começou como um passatempo se torna um vício. E esse vício vem com sérias consequências para a sua saúde física, mental e, às vezes, financeira”, explica o psiquiatra Amal Chakraburtty para o WebMD.
Uma visão interessante sobre essas obsessões é dada pelo especialista em minimalismo, palestrante e profissional de marketing digital Bruno de Souza:
“Falamos sem pensar, agimos apenas para acariciar o ego; e nesse processo caímos em comportamentos compulsivos. Se não monitoramos constantemente nossos pensamentos, nos tornamos pessoas com tendências à compulsão. Ao entrar na mente compulsiva, chegamos a um estado em que a vida é como um sonho. Fazemos coisas sem entender o que estamos fazendo”, conta Bruno.
Ele ainda exemplifica e complementa: “O viciado em comida começa a comer sem pensar. O viciado em relacionamentos entra na espiral perpétua da sedução. O egoísta fará o que for preciso para acariciar seu ser interior, sem observar as consequências. O apostador dará tudo para poder sentir a adrenalina fluir com a emoção de um jogo de azar. Acordamos desse sonho quando é tarde demais e o estrago está feito”.
Sabendo os efeitos nocivos dos comportamentos e pensamentos que entram em fase compulsiva, é importante ver quais os tipos de benefícios que romper com cada um deles nos traz:
O professor, coach e especialista em efetividade interpessoal Preston Ni explica que “na grande maioria dos casos, a obsessão e a compulsão é relacionada à ansiedade de um indivíduo (baseada em um pensamento irracional) e não algo influenciado pela realidade”.
Até por conta disso, a melhor forma de abandonar o peso da compulsão é tratá-la de maneira análoga aos transtornos de ansiedade. Veja como você pode fazer isso:
A análise e a reflexão são sempre o ponto de partida para uma prática terapêutica. Enquanto não percebemos que temos um problema, não há como fazer algo sobre ele. Perceber onde está a sua compulsão é como se começa a trabalhar sobre ela.
Existem algumas perguntas que você pode fazer a si mesma para descobrir se algum pensamento ou hábito do seu dia a dia é compulsivo.
Ao responder “sim” para 2 ou mais perguntas, existe um grau de compulsão que precisa ser trabalhado.
Sempre há algo que dá o gatilho para começarmos a espiralar em direção aos hábitos compulsivos. Pode ser uma preocupação, um pensamento ou uma atividade. Por exemplo, alguém pode abrir uma caixa de chocolate sempre que pensa sobre uma prova estressante ou começa a limpar novamente a casa assim que pensa na possibilidade de receber uma visita inesperada. Sabendo qual é a raiz do comportamento, é possível trabalhar sobre ele.
Quando você se vê ruminando uma atividade na sua cabeça, uma boa forma de sentir que a tarefa está completa é usar uma palavra como âncora. Assim, você evita um padrão negativo, encontrando controle, segurança e a sensação de que a tarefa está concluída.
Digamos que você sente a necessidade de lavar as mãos o tempo inteiro. Ao lavar uma ou duas vezes, você deve falar para si mesma a palavra de âncora. Pode ser algo como “estão limpas” ou “ótimo”.
Ao olhar novamente para as suas mãos e dizer a âncora, percebendo que a tarefa está concluída e, no caso, elas estão limpas, a necessidade de lavá-las o tempo inteiro acaba ficando de lado. O código ajuda a perceber que a situação está sob controle e está tudo bem fazer alguma outra coisa.
Já sabe qual é a atividade que está fazendo mal? Então monte pequenas barreiras que dificultam o acesso a ela. Pode ser desde deixar o celular em modo avião para não entrar e ficar horas em uma rede social até guardar as suas caixas e etiquetas em um lugar de difícil acesso, caso venha o impulso de organizar alguma coisa que não precisa.
Os obstáculos precisam ser criativos e dependem de qual é o hábito que faz mal ao seu dia a dia. Mas atrapalhar aquilo que te atrapalha é, com certeza, uma excelente forma de se ajudar.
Percebeu que vai começar a entrar na espiral da obsessão sobre alguma coisa? Então é bom ter um outro escape a seu favor. Crie pequenas distrações para evitar que uma compulsão suave não se torne um hábito ou um transtorno obsessivo-compulsivo.
Procrastinar uma tarefa compulsiva pode ser a melhor forma de tirá-la do seu radar. Ao perceber que aquilo está demandando energia, você deve tentar atrasar a compulsão. Podem ser apenas alguns minutos no início, depois algumas horas. Começar a fazer outras coisas no lugar e começar a atrasar o comportamento nocivo, ajuda a criar uma sensação de controle sobre ele.
Não há absolutamente nada de mal em procurar por um terapeuta. Inclusive, ele está lá para garantir que os comportamentos saudáveis vençam os que te fazem mal. Uma compulsão, no fim das contas, pode ser apenas o reflexo de algo maior que precisa ser trabalhado com um especialista. E toda ajuda é bem-vinda quando se trata do nosso bem-estar.
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