Comida parece ser um dos temas mais populares entre os japoneses, ocupando boa parte da programação da TV e contando com diversas revistas e publicações. Qualquer caminhada pelas ruas de Tokyo, e do Japão em geral, revela restaurantes especializados em diversos tipos de pratos regionais ou nacionais. Entre o que os ocidentais genericamente chamamos de “macarrão” ou “pasta”, por exemplo, existem variedades japonesas e orientais, como o ”lamen” chinês (aqui chamado “ramen”), soba, udon e harusame.
O que eh interessante de se ver no Japão sao as vitrines dos restaurantes mostrando modelos dos pratos feitos em resina, em tamanho real. Mesmo que não se fale o japonês, fica fácil escolher o que se quer, além dos modelos serem uma curiosidade em si mesmos, pela perfeição com que são feitos.
http://foodmodel.blogspot.com/2008/06/actual-size-food-model-displays_04.html
Como em quase tudo, o Japão absoveu culturas culinárias de outros países ao longo dos séculos, especialmente após a Segunda Guerra. Influências chinesas e coreanas fazem parte da própria formação histórica do Japão, há mais de mil anos. Outras influências que entraram para a culinária do dia-a-dia são as comidas indianas, principalmente o curry, que os japoneses adaptaram para seu paladar. Culinárias asiáticas em geral também sao muito populares, como a tailandesa e a vietnamita. Churrascarias americanas e brasileiras existem mas não são tão populares, embora os japoneses já tenham absorvido o gosto ocidental pelas carnes.
Entre a culinária européia, a cozinha italiana, também adaptada, usa recheios decididamente estranhos para os estrangeiros, como pizza ou pasta com lula, brócolis, polvo, caranguejo, teriyaki, atum e maionese, etc. Num gênero mais subcultural, muito boas são as lanchonetes que servem gourmet hamburguers, como o Pakuch, em Tokyo, e a franquia Moosburger – muito diferentes das cadeias americanas, de McDonald’s e Burguer King’s a Wendy’s.
Os japoneses têm uma antiga tradição de apreciar as coisas bonitas e delicadas, num sentido que em inglês se diz “cute” e em japonês, “kawaii”. São “kawaii”, por exemplo, crianças pequenas e bebês, filhotes em geral, coisas fofinhas e cheias de frufrus e rendas, refêrencias decididamente de meninas, mas que fazem parte do vocabulário cotidiano, mesmo entre os homens – embora um homem não seja chamado de kawaii, e sim de kakkoii (legal, ou charmoso). Segundo Kinsella (1995)[1], kawaii refere-se a pessoas ou animais indefesos, que evocam um sentimento de querermos proteger e pegar no colo. Pathos tambem é um sentimento associado, o sentido de patético e de piedade. Talvez em parte por causa dessa cultura kawaii, que se vê tanto no tradicional chirimen zaiku (crepe craft),como nas roupas das Lolitas de Harajuku,