Levante a mão se isto aqui já aconteceu com você: no meio de uma conversa com algum amigo ou alguma amiga, você já começou a se sentir mal? Não por causa do assunto ou do tema, mas por algo que você não sabe bem explicar.
E você também já teve a mesma sensação em contatos curtos com essa pessoa? Por exemplo: um “bom dia” que incomoda ou um “oi” no corredor que não te faz bem.
Muito provavelmente você já passou por algo do tipo. Quase todos nós passamos. E isso pode significar que aquele amigo ou amiga é uma pessoa tóxica para você. Por isso, hoje vamos ver o bem que faz quando nos afastamos das tais amizades tóxicas.
Em artigo para a Vogue Wellness, o psiquiatra Filipe Batista traz uma excelente reflexão:
“Provável que você já esteja intoxicado de ouvir falar sobre relações tóxicas. Insisto nesse tema porque opera em silêncio as piores violências, assim como opressões ocorrem nos lugares mais protegidos e insuspeitos. E existe instituição mais inquestionável do que a amizade?”
“Amizade é construída com alguns tropeços, ambivalências e decepções. Se for verdadeira, pressupõe espaços de desconforto e, como toda relação mais profunda, admite trocas ruidosas. Diria inclusive que é o espaço mais seguro para exercitar os atritos que eventualmente surgem em toda espécie de convívio. Um bom amigo deve estar à vontade para falar e ouvir”, explica. Ao que acrescenta: “No quesito amizade, vale o conceito de qualidade acima de quantidade”.
E o perigo de uma amizade tóxica ainda é comprovado cientificamente, como bem aponta a fala de Filipe: “Um estudo de Julianne Holt-Lunstad, professora de psicologia e neurociência da Universidade Brigham Young, em Provo, Utah, mostrou que as interações dos participantes com amigos que despertavam ambivalência estavam associadas ao aumento do estresse e da reatividade cardiovascular”.
“Por fim, o último conselho de amigo que posso dar: afaste-se de quem te coloca pra baixo e te deixa triste, nem o pior amigo faz esse tipo de coisa”, finaliza o psiquiatra.
Ao conseguir identificar e deixar de lado quem te faz mal, não há outro resultado possível sem ser viver mais leve. Mas, ainda assim, vale deixar bem claro os benefícios de se fazer este bem:
Ao longo do tempo é muito provável o quanto se torna claro a importância de se afastar das pessoas que intoxicam você. Mas nem sempre sabemos como fazer isso. Sendo assim, um guia de dicas pode facilitar bastante.
Atenção aos sinais. Ao perceber que certas atitudes incomodam você, é a hora de acender um alerta.
Agora que você sabe quais são os comportamentos que fazem mal a você, é hora de ver quem são suas amigas e seus amigos que fazem esse tipo de coisa.
Antes de cortar relações, conversar sobre as atitudes que causam problemas é um bom primeiro passo. Pode não resolver, mas pelo menos deixa a consciência limpa caso se torne necessário abandonar essa amizade.
Delimitar o seu limite e o seu espaço é essencial. Se alguém já fez coisas o suficiente para desgastar demais a relação de amizade, então deixa de fazer sentido continuar a nutrir o mesmo contato. Este é o momento exato para cortar os laços.
Em muitos casos, continuamos mantendo contato com alguém que claramente nos faz mal por medo de incomodar. Mas, ao fazer isso, estamos desvalorizando o que sentimos e nos machucando. Ao nos colocarmos no lugar em que merecemos fica mais fácil deixar de lado as amizades tóxicas.
O ghosting nada mais é do que ignorar alguém. O famoso “gelo”, como muitos dizem. Não é a técnica mais sutil, mas passa o recado de que está no momento de se afastar. Pode ser difícil, mas não atender ligações e deixar mensagens sem respostas é uma das maneiras de começar a tirar a toxicidade da sua vida.
Nada mais normal do que respostas que apelam para a emoção quando tentamos cortar certos tipos de pessoas do nosso convívio. O grande problema é continuar respondendo, o que vai fazer com que essa relação tóxica apenas se prolongue.
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