Em tempos complexos, uma sensação desanimadora pode acabar nos dominando. Isso acontece pelos mais diversos motivos e gatilhos. Ainda mais após um longo tempo de isolamento ou em tempos de adaptação a uma nova realidade. Portanto, agora mais do que nunca, é essencial buscar formas de reencontrar a alegria de viver.
Se os momentos difíceis após mais de 2 anos de convivência com o vírus mudaram nossa maneira de viver, talvez seja o momento de revisitar o que essa transformação trouxe de negativo em como nos sentimos. Ou seja, a felicidade precisa ser conquistada pouco a pouco e é sobre isso que vamos conversar hoje.
“A verdade é que tem muito tempo que eu não sei o que é diversão. Sempre fui muito pilhada, tive muitos compromissos com o trabalho e, com a pandemia, essas características se acentuaram ainda mais”, relata a influencer, apresentadora e chef Ju Ferraz, em coluna para a Revista Vogue.
Para muitas pessoas, é fácil de se identificar pelo que Ju passou: “Acho que a pandemia me tirou um pouco disso [momentos alegres], ela me tornou mais carrancuda, dura e menos celebrativa”. “Quase seis meses depois de uma vida pós-pandemia (de uma pandemia que nunca acabou – e parece que não vai acabar), eu tinha perdido o gosto e o prazer de me divertir”, ela complementa.
Ao comentar sobre sua viagem para a ilha caribenha de St. Barth, Ju traz uma nova perspectiva: “Posso dizer que essa ilha mágica mexeu comigo porque, depois de muito tempo, eu consegui apenas me divertir, sem medo, sem a preocupação de ter alguma urgência me chamando. Compartilho esse sentimento muito como um convite para termos mais momentos como esse na vida, e eu não estou falando que vocês precisam ir até lá para isso – até porque eu não sou louca e nem alienada. Sei e tenho consciência da minha posição de privilégio de poder viver essa viagem”.
“O que estou falando é que a gente precisa voltar a rir da gente mesmo, tornar as coisas mais simples, se divertir e, pelo menos, tentar ser feliz”, finaliza com um convite a colunista.
Ninguém está dizendo que a transformação vai acontecer em um estalar de dedos. Mas é sempre importante ter em mente como os momentos de felicidade trazem toda uma série de privilégios para o nosso dia a dia. Então é uma excelente ideia relembrarmos alguns dos principais benefícios em buscar ativamente a alegria para as nossas rotinas:
As emoções positivas não são apenas boas, mas também nos fazem bem com pontos como criatividade, satisfação no trabalho, maior bem-estar e uma cultura de equipe positiva.
A positividade amplia nosso pensamento para que possamos gerar novas ideias e soluções. Embora as emoções positivas sejam passageiras, elas se acumulam para formar recursos psicológicos e nos ajudam a subir em espiral, transformando a vida para melhor.
Por isso, é tão essencial buscar formas de alegrar e entusiasmar o próprio cotidiano. E há boas formas de dar o primeiro passo nesta direção:
Em um mundo cada vez mais conectado e ágil, se tornou difícil ficar um pouco off. Mas momentos de conexão consigo mesma fazem toda a diferença para sentir a própria importância e aliviar as tensões externas.
A positividade é um ciclo virtuoso, enquanto a negatividade é uma espiral viciosa. Ao abandonar quem nos deixa para baixo e nos cercarmos de influências positivas, fica claro o quanto a alegria começa a se aproximar naturalmente da gente.
É essencial buscar um filtro para influenciadores pesados e negativos. O que consumimos está radicalmente ligado a como nos sentimos.
Claro, essa nem de longe é a única solução, mas pode ajudar em uma transformação rápida. Depois de tanto tempo enclausurados, a sensação de liberdade que vem acompanhada de uma nova descoberta é cada vez mais catártica.
A pessoa que mais sofre com o seu estresse e a sua tristeza é você mesma. Por isso, se sobrecarregar traz prejuízos enormes ao bem-estar. Nem tudo precisa ser para hoje ou amanhã, dê tempo ao tempo e sinta isso se refletir em leveza.
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