Já escutamos muitas vezes que o cachorro é o melhor amigo do homem. Ao declarar isso, confirmamos o verdadeiro significado de fidelidade e companheirismo espontâneo. Muitas vezes para manter uma amizade pura é necessário que alguém seja mais limitado que nós ou até mesmo subordinado. Isso nos mostra, que não aceitamos a igualdade e sem aceitar isso não existe o respeito recíproco. Observar os detalhes do vinculo afetivo podemos compreender melhor algo que está entrando em extinção como a generosidade.
A experiência de ter um cão pode ser enriquecedora para avaliar com profundidade o caráter humano e o elo de confiança que se dá entre essas duas espécies. Claro, que como qualquer relação a confiança é algo a ser conquistado como um processo natural e para qualquer convívio em grupo é o pilar fundamental que sustenta uma união.
Desconfiar é sinônimo de inteligência, enquanto a inocência da entrega é vista como uma fragilidade. No dia-a-dia presenciamos cada vez mais um mundo de individualidades, do egoísmo, de instituições que deveriam nos proteger e fazem ao contrário do termo humanitário.
Na comunicação com os animais, as palavras não têm efeito, o que vale mais são as atitudes. Claro, que todo animal é arisco ao desconhecido, mas o cachorro tem mais facilidade em se entregar.
Um fato curioso é a origem deste animal, que veio dos lobos e que vale a pena comentar. Entre os lobos há uma hierarquia bem clara e na disputa do líder, os mais fortes duelam em um confronto feroz que mede a força, enquanto os outros assistem a batalha. A luta termina quando um fica de barriga para cima no chão para sinalizar a desistência, porém o vencedor nunca mata o seu adversário e caso haja o ataque, toda a matilha parte para cima, pois esse comportamento não é aceitável, prezando pelo respeito, traço forte e essencial ao cão.
Por essa forte qualidade, entendemos o relacionamento com nossa espécie e os ensinamentos sobre a amizade genuína e o respeito que deve ser praticado ao próximo.